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Atleta paga R$ 25 mil por fraude na São Silvestre de 2017

A organização da corrida São Silvestre foi indenizada por Valter Pereira da Silva, um dos atletas da equipe Run Up, de Sorocaba (SP), que permitiu que seu número de peito fosse clonado na prova de 2017. Além da indenização por danos materiais e morais, no valor de R$ 25 mil, o atleta confessou e detalhou todo o processo idealizado pela Run Up, que contou com a participação de vários atletas da equipe e que inegavelmente encontrava-se uniformizada.

O caso ganhou notoriedade após a publicação de imagens com vários corredores, homens e mulheres, participando com o mesmo número 23023. A partir disso, a organização técnica da prova, feita pela Yescom, e a proprietária da prova, a Fundação Cásper Líbero, ingressaram na justiça cível e criminal contra a fraude. Após dois anos, conseguiu-se esta importante vitória.


Apesar do acordo entre Yescom e o referido atleta, a organização continua cobrando da Run Up e de seus outros integrantes fraudadores a consequente responsabilidade pelo ilícito. O caso ainda está em andamento, sendo certo que também tramitam na justiça ações da Fundação Cásper Líbero contra a equipe Run Up. Assim, o Comitê Organizador acredita na solução total da situação o mais breve possível.


Atitudes como a da Run Up colocam em risco a saúde a integridade de corredores oficialmente inscritos. Isso porque os atletas que clonam os números utilizam a estrutura dimensionada para o número determinado de corredores, podendo faltar água, assistência médica, alimentação e segurança.


Caso ocorram fatos como este, a organização seguirá acionando a justiça. Estas ações prometem ser mais efetivas em 2019 e também em 2020. Além da clonagem de número, que vinha sendo a prática mais comum, há outra forma de burlar a lei sendo utilizada como atleta acima de 60 anos ou mais, com direito a desconto de 50% que faz a inscrição e cede seu número para um atleta fora desta categoria. Para evitar isso, haverá mais monitoramento com câmeras, além de fiscais dentro da prova. Se comprovada a irregularidade, medidas judiciais também serão tomadas. Na entrega de kits, no Anhembi, de 27 a 30 de dezembro, haverá atendimento especial para este público e os números de peito serão diferenciados e de fácil identificação.


A programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7:25h, com a largada da categoria cadeirantes. Em seguida, a partir das 7:40h, será a vez da elite feminina, ficando para às 8:05h a largada da elite masculina, pelotão C, cadeirantes com guia e pelotão geral.


A infraestrutura do evento é dimensionada para o número oficial de inscritos, até 35 mil pessoas, não contemplando serviços a atletas sem inscrição ("pipocas").

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